“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor (...)”.
(Oséias 6:3 a)
Na nossa caminhada cristã é importante contarmos com a ajuda de outras pessoas: nossos pastores, líderes, conselheiros e principalmente a Bíblia para o nosso crescimento espiritual. O teólogo Spurgeon disse certa vez: “Aquele que não faz uso das idéias de outras cabeças mostra que não tem cabeça”. É necessário, principalmente para aqueles que lideram a adoração, lerem livros teológicos, pois nos ajudam a compreendermos melhor o que Deus nos diz sobre si mesmo em Cristo.
Muitos tem concepções erradas a respeito do estudo da teologia e da doutrina, o que geram alguns equívocos.
Equívoco 1: Estudar essas coisas não deveria ser tão difícil
Estudar doutrina e teologia é difícil mesmo. É mais fácil aprender uma música nova do que se tornar um bom teólogo. Mas conhecer a Deus leva um tempo. Nos acostumamos a ter tudo no imediato. Queremos que Deus transforme as nossas vidas em apenas 15 minutos. Ficamos entediados ao abrir a Bíblia se logo nos primeiros dois parágrafos eles não nos atrai. Tudo tem que ser bem resumido, porque assim não teremos que pensar em gastar nosso tempo fazendo avaliações pessoais. Essas atitudes são inaceitáveis principalmente para aqueles que ministram na Casa do Senhor. Não existem atalhos, é uma busca contínua motivada pela graça. É uma busca de uma vida inteira apelo Deus que criou e redimiu o homem para a sua própria glória.
Equívoco 2: Conhecemos mais a Deus por meio da música do que por palavras
Todos nós já tivemos as nossas experiências com Deus através da música. Nestes momentos sentimos uma paz sem igual, pois sentimos a presença de Deus de modo inesperado. Daí pensamos que a ação do Espírito Santo se restringe apenas em uma música que enleva nossa alma e nos abre novos e poderosos caminhos de experiência com Deus. Mas ser tocado emocionalmente é diferente de ser tocado espiritualmente. A música nos afeta de diversas maneiras, mas não se compara a verdade sobre Deus. Um solo instrumental, por exemplo, jamais nos dirá qual é o papel da música na adoração a Deus. Para tudo isso, devemos recorrer à leitura da Bíblia. E para saber o que ela diz, precisamos da teologia. A música não é um fim em si mesmo, mas uma maneira de expressar a adoração que já existe dentro de nós, como resultado da nova vida que recebemos em Jesus Cristo.
Equívoco 3: Teologia e doutrina só causam problemas
Deus tem uma teologia; mas será que estamos dispostos a aprimorar o nosso conhecimento bíblico para descobri-la? Queremos adorar o Filho de Deus, o Redentor, a segunda pessoa da Trindade, o Alfa e o Ômega, nosso Sumo Sacerdote, Santificador e Intercessor e procurar entender o que tudo isso significa? A teologia e a doutrina não causam problemas, elas simplificam a nossa vida. Ambas nos impedem de ler textos fora do contexto, de ficar restritos às nossas passagens bíblicas prediletas e de tomar decisões mais pelo impulso do que pela verdade. Também nos dão conteúdos a conceitos que usamos como glória, evangelho, salvação e amor. O que complica é a ausência da doutrina.
Deus deseja que mente e coração sejam mutuamente dependentes. Se na doutrina formos corretos, mas no coração formos frios em relação à Ele, nossa adoração será verdadeira, mas sem vida. Ou por outro lado, se expressarmos amor fervoroso por Deus, mas também expressarmos idéias vagas, imprecisas e incompletas a respeito dele àqueles que lideramos, nossa adoração será emocional, mas totalmente ilusória. E nenhumas dessas hipóteses Deus é glorificado. Precisamos ser íntimos da Palavra da verdade, mas do que nossos instrumentos. E se isso acontecer existirá uma grande chance de que as pessoas saíam dos nossos cultos mais admiradas com o nosso Deus do que com a nossa música.
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